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Taxa da Menzies: Transitários relatam subida exponencial do custo de operação

09 Out
A Taxa de Continuidade de Serviço, da Menzies, tem-se revelado disruptiva e nefasta para as operações de carga aérea de muitos Transitários, cujas queixas foram chegando à APAT.
A aplicação da Taxa de Continuidade de Serviço, por parte da operadora Menzies, tem-se revelado bastante disruptiva e nefasta para as operações de carga aérea de muitos Transitários, cujas queixas foram chegando em catadupa à APAT. De imediato, a associação contactou-se a empresa, que passa por um plano de reestruturação, para que esta prática, tida como abusiva, cessasse. Tendo em conta a gravidade dos relatos que foram reportados, a APAT defenderá, de forma intransigente, os interesses dos seus associados, assim como o próprio Princípio de Continuidade Territorial. 

Relatos dão conta de um «aumento inaceitável»

Vários têm sido os relatos de empresas que consideram inaceitável o valor imposto pela Taxa de Continuidade de Serviço imposta pelo Menzies desde o passado dia 1 de Setembro de 2024. Os relatos dão conta de um «aumento inaceitável de valores, principalmente à importação», conduzindo a que boa parte das operações passe a traduzir-se em «prejuízo». A prática da Menzies (antiga Groundforce) materializa-se num aumento feito «de forma violenta e incompreensível, principalmente à importação», relatou, em primeira mão, um dos associados da APAT. 

Viabilidade das operações de carga aérea em causa

A situação tem afetado fortemente a viabilidade das operações das cargas de mínimos, como revelou à APAT um dos associados. «Até ao final do mês de Agosto, uma carga de mínimos - que se trata de 90% das cargas recebidas em Lisboa - pagava, em total de taxas de handling, 22,02 euros; desde o início de Setembro, com a implementação desta nova taxa, passou a pagar 54,81 euros». Nada mais nada menos que um autêntico superior a 100%. A problemática coloca em risco o regular abastecimento às ilhas, uma vez que o peso esmagador desta taxa torna inviável boa parte das operações.

«Esta taxa já está a ter efeitos muitos negativos, onde estamos a verificar a desistência e a alteração de serviços devido a este incremento», relatou uma outra empresa transitária. Recorde-se que a APAT emitiu, no passado dia 4 de Outubro, um comunicado oficial no qual repudia a prática da Menzies, criticando a postura da operadora e a quebra de confiança que esta cobrança abusiva representa. A APAT solicitou a cessação da cobrança abusiva da Taxa de Continuidade de Serviço, estando mesmo preparada para quaisquer diligências necessárias junto das entidades competentes. 

Foto: 
Rutja76
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