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Conflito laboral no setor marítimo-portuário gera preocupação generalizada

26 Nov
A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) associou-se à iniciativa conjunta, estando em sintonia com a preocupação generalizada face à instabilidade em tão importante setor.
O conflito laboral no setor marítimo-portuário persiste e o agudizar da situação vem adensando as preocupações das mais variadas entidades, associações e empresas ligadas a um segmento logístico crucial para a economia portuguesa. Através de uma carta aberta enviada ao Primeiro-Ministro Luís Montenegro, várias entidades signatárias expressaram a sua preocupação com o atual contexto, pedindo uma intervenção estatal que construa pontes para um diálogo que possa colocar fim ao impasse negocial entre as partes envolvidas.

A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) associou-se à iniciativa conjunta, estando em sintonia com a preocupação generalizada face à instabilidade em tão importante e estruturante setor, cujo contributo é essencial para o bom funcionamento das cadeias de abastecimento, com peso inegável na economia e no comércio internacional. A instabilidade prende-se com um diferendo laboral que redundou em greves convocadas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP), com avultados prejuízos para a economia.

Na carta aberta, é realçado o cancelamento de várias escalas de navios (de carga e passageiros), o que vem colocando em causa o bom funcionamento dos portos portugueses. As entidades signatárias manifestaram «a sua profunda preocupação relativamente ao conflito laboral que atualmente separa os Ministérios das Finanças e das Infraestruturas do SNTAP», vincando que as sucessivas greves têm tido «consequências devastadoras para a economia e para a imagem dos portos portugueses».

Os subscritores da carta lembram que «grandes armadores globais, com um peso significativo na ligação marítima de Portugal ao comércio internacional, têm vindo a alterar as rotas dos seus navios de modo a evitar os portos nacionais», o que gera «receio fundado» de que alguns desses serviços, «essenciais à atividade exportadora e importadora portuguesa, possam não regressar aos nossos portos, agravando ainda mais os prejuízos já sentidos e colocando em risco a sustentabilidade de todo o setor e da economia nacional».

Os subscritores da carta aberta solicitam ao Primeiro-Ministro que «intervenha, com caráter de urgência e de forma decisiva, no sentido de promover o diálogo entre as partes envolvidas e encontrar uma solução célere e duradoura para este conflito», pois «só assim será possível salvaguardar o interesse nacional, proteger os milhares de postos de trabalho direta e indiretamente dependentes da atividade portuária e garantir a competitividade de Portugal no panorama marítimo internacional». 

Entidades signatárias: Comunidades Portuárias de Aveiro, Figueira da Foz, Leixões, Lisboa, Setúbal, Sines e Viana do Castelo; AAMC, AEDVC, APAT), a Câmara do Comércio e Indústria de Viana do Castelo, o Conselho Português de Carregadores, o Terminal de Carga Geral e de Granéis de Leixões, a Yilport e AGEPOR.


Foto: Free-Images.com | Pixabay
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