No âmbito da entrada em vigor da NIS2, a abrangência, conformidade e penalizações passam a ser uma realidade bem mais dura para as empresas, incluindo aquelas que operam no setor da Logística.
No passado dia 16 de Outubro, decorreu, no Port Cyber Arena (APS), a segunda sessão de esclarecimentos sobre a entrada em vigor da Diretiva comunitária NIS2, no contexto do apertar de critérios de conformidade e harmonização de procedimentos relativamente à Cibersegurança. A iniciativa da empresa Switch Digital, em sintonia com a APAT, contou ainda com o valioso contributo da Administração do Porto de Sines (por via de Cláudio Pinto), da APCER (por Rita Porto) e da Euroatla (através do testemunho de Mário Vieira).
No âmbito da entrada em vigor da Diretiva NIS2, a abrangência, conformidade e penalizações passam a ser uma realidade bem mais dura para todas as empresas, incluindo aquelas que operam no setor da Logística e Transportes. Daí a necessidade de consciencializar e sensibilizar todos os atores da cadeia de abastecimento para um novo paradigma de Cibersegurança que irá requerer adaptações e mudanças de comportamentos. A evolução digital trouxe incomensuráveis ganhos de eficiência mas as ameaças também são reais.
NIS2 em vigor: uma «oportunidade» e não tanto uma «ameaça»
«Esta iniciativa conjunta é essencial para clarificar e informar: a APAT tem o dever de sensibilizar, enquadrar e dar ferramentas para que os seus associados possam dar resposta a este desafio, que, no fundo, deve ser encarado como uma oportunidade e não uma ameaça», começou por dizer Bruno Falcão Cardoso, diretor de Comunicação e Marketing da APAT. «Com grandes trunfos digitais vêm grandes responsabilidades. As empresas devem fortalecer a sua maturidade digital e a sua resiliência informática», acrescentou.
«Esta diretiva implica uma transformação de mentalidade e de comportamentos, na qual se passará a dar maior peso à segurança digital, à integridade da informação sensível e ao planeamento estratégico face às ameaças, que, hoje em dia, são bem reais. Sem a conformidade com as novas regras, as empresas podem ver-se excluídas de concursos, incapazes de integrar certas cadeias de abastecimento - devido às exigências dos parceiros de negócio - e claro, expostas a ameaças cibernéticas altamente danosas», explicou Bruno Falcão Cardoso.
APS, Euroatla, Switch e APCER analisaram o contexto cibersecuritário
Cláudio Pinto, diretor de Inovação, Tecnologia e Sistemas de Informação da APS, deu a perspetiva portuária, absolutamente crucial para, neste contexto de compliance, moldar a configuração das cadeias logísticas e afetar a forma como os seus parceiros atuam. O responsável da APS descreveu os esforços do Porto de Sines na evolução em termos de Cibersegurança, vincando que a infraestrutura portuária está cada vez mais empenhada em liderar o processo de maturação digital, abrindo caminho para um ecossistema logística mais seguro e dinâmico.
Mário Vieira, IT & Compliance Director da Euroatla, narrou a visão de uma empresa que se encontra a iniciar o caminho rumo a uma posição de maior resiliência digital, preparando a conformidade para com um futuro cada vez mais exigente: uma espécie de caso prático que sumarizou as primeiras etapas de uma empresa que pretende, de forma pró-ativa, apostar na sua Cibersegurança. Rita Cunha Porto, Certification Services Management Systems na APCER, deu também uma importante palestra sobre o contexto de resiliência digital.