No editorial da mais recente edição da Revista APAT, Joaquim Pocinho, presidente da direção da associação que defende e representa os transitários, abordou os pontos mais marcantes da ação da APAT nos dois últimos meses, enfatizando a essência «multidimensional» da atividade transitária, os preparativos para o 20º Congresso 'Crescer Sustentável & Permanecer Competitividade' e posição da APAT face à estratégia 'Portos 5+',
recentemente apresentada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação.
A APAT, recorde-se, marcou presença na sessão de apresentação da estratégia portuária para o país, vincando Joaquim Pocinho que a associação «defende transição verde viável, assente em combustíveis limpos não fósseis, regras de auxílios ajustadas, licenciamento ágil e parcerias estratégicas como os
Green Shipping Corridors»: uma visão de futuro que, consolidada nestes pilares, poderá, de facto, materializar um ecossistema logístico mais complementar entre meios de transporte, mais sustentável e mais resiliente.
Para que esta visão se torne real, todos estes pressupostos terão de, naturalmente, estar em sintonia com a necessidade de uma clara aposta na Intermodalidade: a APAT, refere Joaquim Pocinho, propõe o «reforço» da mesma, com recurso a «infraestruturas resilientes e acesso a financiamento verde, e a uma implementação justa do ETS e do dividir Fuel EU Maritime, mitigando riscos de
carbon leakage e distorções concorrenciais». Tudo isto sem esquecer a interoperabilidade tecnológica e a harmonização de procedimentos.
O presidente da APAT sublinha a «importância de proteger as infraestruturas portuárias com tecnologias interoperáveis, normas harmonizadas e uma coordenação eficaz entre autoridades civis e forças de segurança», ressalvando também que se torna crucial «assegurar uma avaliação rigorosa de riscos em ativos estratégicos e tecnologias sensíveis, em alinhamento com a Diretiva NIS2 e a nova Diretiva sobre Resiliência das Entidades Críticas». Neste contexto, refira-se a
parceria da APAT com a Switch Digital em torno do compliance com a NIS2.