Os portos de Lisboa e Setúbal sentaram-se à mesa para, em conjunto com o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, a EMSA e a Coordenadora Europeia para o Espaço Marítimo Europeu, Gesine Meissner, refletir sobre as potencialidades e trunfos do transporte marítimo de curta distância (short sea) e o papel de ambos os portos no desenvolvimento deste tipo de soluções.
 

Este reflexão conjunta teve em conta as fundamentais premissas que colocam os portos como «clusters industriais» promotores do desenvolvimento económico e a estratégia 'Portos 5+' (recentemente apresentada pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação) como roadmap da evolução estrutural de um ecossistema portuário capaz de se projetar para além das suas habituais áreas de influência.

De acordo com Martin Seidel, conselheiro da Coordenadora Europeia para o Espaço Marítimo Europeu, a Janela Única Marítima foi igualmente tema de análise, sem esquecer também a discussão sobre «combustíveis alternativos e segurança das fontes de energia, e potenciais sinergias para reforçar a rede RTE-T». Além da reunião de trabalho, foram efetuadas visitas técnicas aos terminais dos portos.
 

Uma das infraestruturas visitadas foi o Terminal de Alcântara, no qual foram realçados os projetos de digitalização e modernização em curso. No Porto de Setúbal, salientou Seidel, foram debatidos «planos para desenvolver o porto como um cluster industrial e a sua contribuição para as cadeias de abastecimento de energia renovável e o setor industrial marítimo», tido como «vital» para a competitividade e autonomia europeia.

«No Porto de Lisboa e no Porto de Setúbal, discutimos as ligações ao interior, os projetos OPS, a digitalização e a intermodalidade — incluindo as ambições do Porto de Lisboa para 2027 em matéria de repartição modal», deu conta Martin Seidel, que, em publicação disseminada nas redes sociais, deixa um especial agradecimento ao novo presidente das administrações portuárias (APL e APSS), Vítor Caldeirinha.