O líder da pasta das Infraestruturas vincou que Portugal tem de «colocar na prioridade máxima das suas políticas os portos». A interligação com a ferrovia é essencial, defende a APAT.
A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) marcou presença na sessão de apresentação oficial da estratégia Portos 5+, levada a cabo pelo Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. Ana Camacho Soares, Responsável Regional Centro e Sul da APAT, acompanhou a sessão e representou a associação neste importante passo para o ecossistema portuário, que tão estruturante é para a atividade transitária.
«Esta era uma área sempre subalternizada nas infraestruturas. E tem de voltar ao topo da agenda. É preciso colocar os portos, num país a beira mar plantado, no centro nevrálgico de toda uma rede que tem de interagir e garantir os serviços necessários ao tecido económico do país», declarou, contundentemente, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, ao abrir, em Lisboa, a sessão de apresentação do plano portuário.
O líder da pasta das Infraestruturas vincou que Portugal tem de «colocar na prioridade máxima das suas políticas os portos», uma vez que beneficia de um posicionamento geográfico privilegiado, na confluência de rotas atlânticas e mediterrânicas. Neste contexto de conectividade, a ferrovia, lembrou o ministro, desempenha um crucial papel: «Temos de ter uma ferrovia capaz de servir os portos», afirmou o governante.
«Não escondemos que queremos competir com os portos espanhóis», atirou Miguel Pinto Luz, lembrando que Portugal pode e deve captar novos tráfegos, expandir o seu hinterland e adensar os seus níveis de conectividade para com o interior europeu. Para a APAT, as premissas são positivas e vão ao encontro das prioridades que a associação defende para o progresso do ecossistema logístico do país.
Ferrovia e Intermodalidade: prioridades defendidas pela APAT
Entre estas prioridades estão a Intermodalidade e Multimodalidade, cuja prevalência no sistema logístico é fator de desenvolvimento, integração transversal e, claro, de maior competitividade. Integrar a ferrovia - e a rodovia - no espaço de influência dos portos é um passo importante para agilizar tráfegos, captar novos negócios e articular melhores soluções, regionais, nacionais e internacionais.
«Apostar na ferrovia é essencial, mas há que o fazer de forma estruturada e gradual, sem olhar para trás. Existe um atraso e necessitamos, enquanto país, de normalizar esta evolução, de modo a podermos trazer as potencialidades da ferrovia para o ecossistema logístico como um todo, maximizando, finalmente, a Intermodalidade», comentou o presidente executivo da APAT, António Nabo Martins.
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