A APAT, na pessoa do seu presidente executivo, integrou o debate 'Ferrovia: Ligar a Europa', que ocorreu no segundo dia do evento.
Foi nos dias 21 e 22 de Maio que o Entroncamento voltou a albergar mais um grande evento ferroviário: o Portugal Railway Summit 2025 realizou-se no Museu Ferroviário Nacional e contou com diversas entidades que deram o seu contributo para a discussão, reflexão e análise de um dos temas mais estruturantes do futuro do país: a ferrovia e o seu papel na evolução logística e económica do país. A APAT, na pessoa do seu presidente executivo, integrou o debate 'Ferrovia: Ligar a Europa', que ocorreu no segundo dia do evento, saudando a iniciativa e a excelente organização da
Plataforma Ferroviária Portuguesa.
A edição de 2025 colocou o enfoque em temas estratégicos como a Alta Velocidade, a Segurança e Cibersegurança, a Inovação, a Inteligência Artificial, a Sustentabilidade, os critérios ESG (ambientais, sociais e de governação), a Intermobilidade e o papel da ferrovia no contexto europeu atual. Foi, para a APAT, uma honra poder integrar os trabalhos, aceitando o repto da organização: António Nabo Martins moderou o painel 'Ferrovia: Ligar a Europa', que contou com as intervenções de Pedro do Ó Ramos (APS), Eduardo Feio (Porto de Aveiro), Carlos Vasconcelos (Medway) e Carlos Nunes (Captrain) e ainda com as apresentações de Javier Hinojal (MAFEX Espanha) e Vicente Abate (ABIFER Brasil).
Porto de Sines: a instrumental ferrovia para o aumento do hinterland
O presidente do Conselho de Administração da APS comentou as expectativas do Porto de Sines no que toca à entrada em funcionamento do troço Évora-Elvas, marcada para 2026 e que terá o condão de agilizar o aumento do hinterland do porto alentejano e abrir a porta a comboios de maiores dimensões. Este desígnio, claro, terá de contar também com a colaboração da vizinha Espanha. De recordar que a APS está a desenvolver projetos para novas acessibilidades ferroviárias ao terminal de contentores existente e ao futuro Terminal Vasco da Gama, num investimento total previsto de 15 milhões de euros, inserido num plano global de 32 milhões de euros até 2030.
APAT: «A ferrovia é um pilar da Intermodalidade»
«É sempre positivo quando a comunidade logística e ferroviária se junta para refletir sobre o presente e o futuro da ferrovia. Muitas são as transformações que vão ocorrendo e nem sempre é fácil captar os proveitos de todas elas: é necessário estratégia, ponderação e até pensamento conjunto. Acompanhar o ímpeto inovador é um desafio constante, mas é através dele que o transporte ferroviário será mais eficiente e mais interligado. A APAT reitera uma das suas mensagens mais importantes dos útimos anos: a ferrovia é um inamovível pilar da Intermodalidade e temos de saber potenciar esse contexto», declarou o António Nabo Martins, à margem do Portugal Railway Summit 2025.
IP analisa Alta Velocidade: um «investimento estruturante para o país»
Um dos destaques do primeiro dia foi o debate em torno da Alta Velocidade em Portugal. Este segmento contou com a apresentação inicial de David Torres, da ALSTOM e um debate, moderado por Anselmo Crespo, que contou com a participação de Miguel Cruz, Presidente da Infraestruturas de Portugal, Pedro Moreira, da CP, Manuel Besteiro Galindo, da ADIF, Óscar Gómez Barbero, da RENFE, Castanho Ribeiro, da B Rail, e Javier Anibarro García, da INECO, que, durante a sua intervenção inicial, apresentou um estudo sobre a experiência do modelo espanhol.
Miguel Cruz fez o balanço do projeto de Alta Velocidade, salientando os troços que se encontram em desenvolvimento e os modelos de Parceria Público-Privada (PPP) que estão a ser analisados. O presidente da IP deu ênfase também ao suporte do financiamento comunitário para este projeto e destacou a competência técnica da IP, bem como a experiência decorrente de processos nacionais e internacionais. «Com prazos bem definidos e metas claras, a Alta Velocidade representa um investimento estruturante para o país, contribuindo para uma mobilidade mais sustentável e alinhada com os objetivos de coesão territorial e transição climática da União Europeia», declarou Miguel Cruz.