A União de Operadores de Transporte Comodal (UOTC) exige a criação de uma «agência de Intermodalidade» que sustenha o «retrocesso» do transporte ferroviário de mercadorias no país.
Não só em Portugal se exige uma maior aposta na Intermodalidade e uma abordagem estratégica sintonizada com os critérios de interoperabilidade e complementaridade entre meios de transporte: também em Espanha se intensificam pedidos de maior adesão a políticas capazes de fomentar esta sinergia, sem a qual os ecossistemas logísticos perdem eficiência. A União de Operadores de Transporte Comodal (UOTC) exige a criação de uma «agência de Intermodalidade» que sustenha o «retrocesso» do transporte ferroviário de mercadorias no país.
De acordo com o periódico '
Diario del Puerto', a UOTC, que integra a Associação Internacional de Transporte Rodoviário (ASTIC) reclama urgência na criação de uma agência nacional de intermodalidade (integrada no Ministério dos Transportes e Mobilidade Sustentável), cujo objetivo seria o de promover políticas de complementaridade entre meios de transporte, a fim de dinamizar o setor ferroviário espanhol e impulsionar os volumes de carga transportados, que, alerta, estão em queda clara - em 2024, os volumes caíram cerca de 15% em comparação com o ano 2000.
Num relatório levado a cabo pela UOTC, é assinalada, ao longo dos últimos anos, uma «diminuição acelerada do transporte total, tanto da Renfe Mercancías como das empresas ferroviárias alternativas», assim como uma descida progressiva do tráfego geral causada por obras e correções na infraestrutura ferroviária do país. O relatório do organismo assinala ainda uma perda de quota da Renfe Mercancías, em benefício dos operadores alternativos, sem que tal se traduza numa melhoria global do volume transportado. O relatório lembra ainda que a soma do tráfego atual da Renfe com o de todas as empresas ferroviárias é inferior ao alcançado pela Renfe Intermodal em 2000.
UOTC critica «falta de estratégia»
Para Antonio Pérez Millán, presidente do UOTC, esta tendência reflete «a falta de estratégia efetiva e coordenada para fomentar a intermodalidade, num contexto em que a sustentabilidade e a eficiência logística pedem potenciar o transporte ferroviário enquanto eixo central do sistema intermodal». O responsável vinca que se trata de «manifesta desatenção» da administração pública, e que, apesar dos fundos comunitários disponibilizados, «não se articulou qualquer política efetiva».
Fonte: Diario del Puerto
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