O setor europeu dos Transportes juntou-se a uma só voz: através de uma carta aberta dirigida à Comissão e aos Estados-Membros da União Europeia, várias entidades reinvindicaram maior investimento e um orçamento comunitário mais robusto e dedicado aos desafios que o setor enfrenta. Descrito como a «espinha dorsal do mercado interno da UE e da sua ligação ao mundo», a pujança deste setor é «condição prévia para a construção de uma Europa competitiva».
A carta insta os Estados-Membros e a Comissão a preservarem e reforçarem um sólido instrumento europeu de financiamento dos transportes no âmbito do futuro orçamento da UE. «A coordenação europeia das infra-estruturas em toda a Europa é mais do que nunca crucial», pode ler-se na missiva, que a APAT replicou aos seus associados no passado dia 6 de Fevereiro. Apenas com este passo, reforça o documento, pode a UE salvaguardar «o bom funcionamento» do seu mercado interno e «promover a competitividade».
As entidades mostram-se preocupadas com os planos da Comissão de redirecionar uma grande maioria do financiamento europeu dos transportes para os planos únicos nacionais, pedindo, ao invés, uma clara demonstração de apoio à «preservação de um instrumento sólido de financiamento europeu específico para os transportes». Para os signatários da carta, é «cada vez mais crucial que a Europa mantenha o rumo de um instrumento de investimento comunitário bem coordenado». Só assim, garantem, se pode conseguir uma rede de transportes «bem integrada e interligada em toda a União, em benefício da economia, da sociedade e da segurança da Europa».
Salienta a carta que é de «importância estratégica» consolidar uma rede europeia de transportes «sólida» capaz de «responder aos atuais desafios da Europa». Só dessa forma poderá a Europa almejar «aumentar a sua mobilidade militar, reforçar a sua competitividade industrial e a sua coesão económica, social e territorial, garantir o abastecimento de matérias-primas essenciais e salvaguardar a soberania da sua cadeia de abastecimento». Perante a constante ameaça das «tensões geopolíticas», alertam os signatários que a «principal prioridade» deve passar pelo reforço e adaptação das suas infraestruturas, «resolver os constrangimentos e as ligações em falta e optimizar a conetividade e capacidade».
«Os transportes são a espinha dorsal e o elemento dinamizador do mercado interno da UE, pelo que, se a Europa quiser ser líder na transição para uma indústria e uma sociedade com emissões líquidas nulas, tem de proporcionar uma rede de transportes competitiva e eficiente para ligar os actuais e novos locais de produção aos seus mercados», pode ainda ler-se na missiva.
Aceda ao MyApat para ler, na íntegra, a missiva e ficar a conhecer todas as entidades signatárias.