A reunião entre a APAT e o Secretário de Estado das Infraestruturas, permitiu expor as linhas de atuação, bem como as perspectivas estruturantes de um futuro sistema logístico mais apetrechado para enfrentar os desafios do Comércio Global.
A reunião entre a APAT e o Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, realizada no passado dia 23 de Julho, permitiu à associação que representa as empresas transitárias expor as linhas de atuação, bem como as perspetivas estruturantes de um futuro sistema logístico nacional mais apetrechado para enfrentar as contingências - cada vez mais - desafiantes do Comércio Global e da Competitividade.
Na reunião de trabalho, a Associação dos Transitários de Portugal (APAT) fez-se representar pelo presidente executivo, António Nabo Martins, e pelo membro da direção, Armando Fernandes. Entre os pilares de uma estratégia que se quer nacional, coerente e resistente ao passar das legislaturas, estão a aposta constante na Digitalização, o fomento do conceito de Intermodalidade e o investimento nos diferentes métodos de transporte, sempre com uma visão holística do fenómeno logístico que permita uma efetiva articulação entre todos os agentes da cadeia de abastecimento.
A necessidade de uma aposrta real em Corredores Logísticos (tantas vezes reiterada pela APAT) e portos secos deve aliar-se a políticas de incentivo à partilha de informação em tempo real. Considera assim a APAT que todos os players devem ser encorajados a operar, em conjunto, no desenvolvimento de um ambiente de intercâmbio bem harmonizado, através de uma ferramenta digital (neste caso, deve ser aproveitado e expandido o excelente trabalho feito na JUL) na qual se interligam todos os sectores, assim possibilitando a sua interoperabilidade para Portugal e Europa.
Além destas ideias, a APAT explicou ao Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas a importância, inadiável, de efetuar investimentos que tenham em conta a vertente logística e que reflitam a mais-valia, concreta e objetiva, que esta mesma vertente tem na Economia. Por isso torna-se crucial dotar o futuro Aeoporto de Lisboa de infraestruturas para mercadorias e de uma rede de terminais e acessibilidades optimizadas, assim criando uma verdadeira «Cidade Logística» ao redor do novo aeroporto, onde a articulação com os restantes meios de transporte seja uma realidade.
Na pasta da errovia, a APAT vincou a necessidade de aumentar o volume do transporte mais sustentável para a Europa, onde a ferrovia desempenha um papel fundamental. Torna-se inevitável, a nosso ver, a criação de parcerias entre as esferas pública e privada, entre a carga e os agentes, de modo a aumentar a quota do transporte ferroviário, primeiro para Espanha, depois para todo o continente europeu, descongestionando as estradas e atenuando a própria escassez de motoristas. Na rodovia, deverá ser priorizado o incremento das acessibilidades aos portos.