No seu discurso de tomada de posse, Joaquim Pocinho, novo presidente da direção da APAT para o triénio 2024-2026, elencou as  prioridades para o mandato que agora se inicia, traçando novas metas para o futuro da associação que representa os transitários, tidos como «elementos fundamentais da cadeia de abastecimento», e através dos quais se materializa «a maior parte do comércio externo» de Portugal. A APAT continuará, afiançou, a pugnar pela defesa da importância estratégica dos seus associados na Economia nacional.

«É pelas mãos dos associados da APAT que passa a maior parte do comércio externo do País. As exportações portuguesas asseguram mais de 45% do PIB nacional, e estas passam maioritariamente pelas nossas mãos. Esta é a verdadeira importância da APAT!», sublinhou o novo presidente da direção, que ocupa o cargo que, nos últimos 9 anos, foi detido por Paulo Paiva. Entre as prioridades deste novo mandato encontram-se o fomento da Multimodalidade e da cooperação entre os diferentes modos de transporte, a aposta contínua na Digitalização dos serviços empresariais e «desburocratização dos processos aduaneiros» e o estreitamento de relações com entidades da tutela como a ANAC, as administrações e comunidades portuárias, sem descurar a ferrovia.

«Será nosso papel fundamental a Defesa e dignificação da atividade transitária, promovendo o transporte multimodal e fomentando a colaboração de operadores logísticos e distribuidores, e ainda com os gestores de Portos Secos e Terminais Logísticos, bem como outros operadores de transporte de algum modo relacionados com a organização do transporte de mercadorias», adiantou Joaquim Pocinho, que revelou ainda a intenção de criar «uma Comunidade Portuguesa de Logística Ferroviária», medida que faz parte de uma política de defesa de um investimento estruturante «em mais e melhores infraestruturas».

A intervenção de Joaquim Pocinho incidiu também, sem surpresas, na exigência da criação de uma «Secretaria de Estado que agregue toda a temática dos transportes e da logística» - uma medida que a APAT tem vindo pública e insistentemente a defender ao longo dos últimos anos e que ainda não teve o devido feedback por parte da tutela. Recorde-se que, no último congresso da APAT, realizado no passado mês de Novembro, em Vila Nova de Gaia, a ideia foi, mais uma vez, defendida por Paulo Paiva (então presidente da direção) durante o seu discurso de abertura do evento, perante uma plateia de mais de 160 pessoas.