Durante os trabalhos do 19º Congresso da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), realizado nos dias 10 e 11 de Novembro de 2023, em Vila Nova de Gaia, Anabela Guerreiro, que integra a direção da associação, foi entrevistada pela TSF. Instada a refletir sobre o atual panorama logístico, Anabela Guerreiro elencou as dificuldades mais prementes que o setor vai enfrentando, lembrando que tem o condão de ser, no fundo, o espelho da própria saúde da Economia.

A «variação descomunal» de preços, explicou a integrante da direção da APAT, tem sido um dos maiores desafios: «Passámos de fretes absurdamente altos para absurdamente baixos. Falamos também na falta de exportação: cada vez mais é notório que as empresas exportadoras estão a passar um mau bocado e isso reflete-se nos transportes», afirmou, aos microfones da TSF. Anabela Guerreiro explicou ainda que sempre que o setor funciona como «barómetro» da Economia.

«Costumo dizer que os transportes são um barómetro da economia: somos os primeiros a perceber como se encontra a economia; antes de se passar para um segmento de análise e estatística, já nós, há muito, sabemos o que se passa no mercado», comentou, apontando a falta de regularidade no fluxo de mercadorias como outro dos pontos negativos que dificulta o trabalho das empresas. Um fluxo de cargas «francamente menor» e que, assim, conduz à descida dos fretes», frisou.