Depois do sucesso da edição inaugural em 2023, a Techlogistics voltou em 2024 - na sede de Microsoft em Portugal, o seminário organizado pela empresa de software Devlop e pela publicação Supply Chain Magazine voltou a reunir especialistas em Logística, Transportes e Digitalização, tendo igualmente contado com o apoio da APAT. Entre os destaques esteve a intervenção de António Fernandes, diretor de Inovação do Grupo Luís Simões, subjacente ao tema da Logística Colaborativa e de como pode a Inovação potenciar a operacão logística e a gestão de recursos.
«A Inovação na Logística Colaborativa é algo que para nós é muito importante: tentar obter sinergias dentro da cadeia de abastecimento, juntando clientes, fornecedores e outros parceiros, na tentativa de alcançarmos algo diferente», introduziu o responsável da Luís Simões lembrando, contudo, que muitas das práticas empresariais que apostam na Inovação Digital apenas reproduzem as mesmas tarefas, sem qualquer rasgo de mudança. Para António Fernandes, a aposta na Digitalização tem de significar a transformação dos processos e ruptura com certos hábitos.
«Atenção que quando se fala em transformação digital porque a maior parte do que está a acontecer é que as pessoas estão a fazer as mesmas coisas que faziam antes. A verdadeira transformação digital passa por aproveitar tudo o que há de novo para alterarmos os nossos processos, para fazermos as coisas de uma forma diferente», explicou. Nesta aérea, inovar implica «abraçar novos processos e novas situações, onde, de facto, a tecnologia possa ajudar-nos a ter grandes resultados», sublinhou o orador, que elencou as apostas do grupo para um futuro mais eficiente e rentável.
As novas ferramentas digitais e os novos sistemas de gestão integrada - cada vez mais abrangentes - podem aportar ganhos significativos às organizações. «Digitalizar mais a parte administrativa, encontrar automatizações para maior produtividade e redução de custos e atacar a falta de recursos e de mão-de-obra, que é um problema que se sente muito na Península Ibérica e principalmente em Espanha. Ao digitalizarmos e ao automatizarmos as operações vamos à procura de ultrapassar esse tipo de problemas», exemplificou António Fernandes.
A aposta num novo WMS e em ferramentas de HR Management permite, explicou, entender se os equipamentos são os adequados a cada operação, se os prazos são respeitados, se o recursos humanos estão bem distribuídos por setores ou categorias de operação, e até articular a operação de AGV e AMR no contexto de um armazém automatizado, para uma «operação mais eficaz». Recorrendo também a um «novo TMS», o grupo visa obter «mais e melhor informação»: através do geofencing, para, por exemplo, «confirmar se já chegámos ao destino», ou «alertar o motorista caso não tenha efetuado a alteração do status da entrega ou mesmo para atualizar automaticamente sobre o timing de chegada aquando de imprevistos no percurso».